quinta-feira, 18 de setembro de 2014

História do Kung Fu / Wushu em Portugal

Nos finais dos anos 60, inícios dos anos 70 há referências a mestres de Karatê de origem Malaia a passar por Portugal.
Com o boom dos filmes de Bruce Lee, nessa altura, algumas pessoas usaram o termo Kung Fu, como estratégia de marketing, para promover as suas escolas e estilos.

Nessa altura foi editado o livro:

  Kung Fu - Estilo Shaolin de Azen Kacot

Na década de 70, mais concretamente em 1975 Portugal, surgiu um suposto «Kung Fu» de nome Kung Do Te, criado em Angola pelo falecido mestre Ruy de Mendoza que é um misto de Karate Shotokai, Full Contact,  algumas noções de Jeet Kune Do e vários Cursos de Guerrilha e Sobrevivência tirados em vários países, mais tarde, virou-se para o Ninjitsu de Masaki Hatsumi, sendo um dos primeiros a introduzir a arte em Espanha, criando a escola  Ruy San Ryu.


Durante este período a prática do Kung Fu em Portugal, foi inexistente, devido á CDAM( Centro de Artes Marciais), privilegiar as artes marciais de origem japonesa.

No período de 70 até ao verão de 83, numa casa ocupada (perto do marquês de Pombal) por um partido comunista Maoista PC de P -ml, existia uma escola de Wu-Shu / boxe chinês, era uma escola fechada originalmente só para militantes do partido e que na verdade treinava-se com o Mestre Zannot ( um ex comunista que se dizia Taoista) uma mistura de Kung-fu vietnamita e wushu.
Nessa casa, um chinês que tem um restaurante no Areeiro ensinou Tang  Lang  e um emigrante de França ensinou Choy Lee Fut Pak Shing.
Em 1982, o Sifu Claudio Fung, começou a ensinar na Amadora, os estilos da Cegonha, Tigre, Chang Chuan e Tai Chi Chuan.
Kung-fu To'a (Tempo de Orientação Animal), foi introduzido no nosso país pelo Sifu Shahram Kassiri no dia 18 de Janeiro de 1983, foi a primeira escola de Kung-fu a dar a cara e a ser legalizada.
No inicio dos anos 80, o Sifu Rolando Martins e o Sifu Nelson Barroso, começam a ensinar de forma oficial: Choy Li Fat , Luohan Qi Gong e Tai Chi Chuan em Vila Nova de Cerveira!
Ainda durante a década 80, o Sifu Manuel Novo, introduziu o Wun Hop Kuen Do em Portugal.
 Desde 2010, o Sifu Bruno Rebelo é o único representante oficial em Portugal do Wun Hop Kuen Do, estando este inserido dentro do programa oficial da escola: Lohan Tao Kempo Chinês.
Em 12 de Junho de 1986, o Sifu Paulo Araújo, discípulo directo do Grande Mestre chinês Pún Chong Kúan ( membro honorário da SHE-SI), funda a Escola de Artes Marciais Chinesas SHE-SI, na cidade do Porto, para o ensino e desenvolvimento do Wushu / Kung-Fu em Portugal.
A SHE-SI, ensina os estilos: Nanquan, Changquan, Taijiquan, Ditangquan, Pak Mei Pi / Ng Chou Quen , Mou Long ( Dança do Dragão ) e Mou Si ( Dança do Leão ).
A 14 de Maio de 1992, é criada a FPAMC (Federação Portuguesa de Artes Marciais Chinesas), sem fins lucrativos, por escritura celebrada no Cartório Notarial de Ermesinde, numa época de franco crescimento das artes Marciais Chinesas, mais conhecidas por Kung Fu/Wushu, Qi Gong e Tai Chi.
Num o projecto comum destas 3 associações:
“Associação Desportiva SHE-SI”, representada por Paulo Alexandre Araújo, “Associação Portuguesa de Wushu”, representada por João Silva;
“Associação de Choy Lee Fat do Porto”, representada por Jorge Manuel Teixeira.

O Si Kung  Xuan Wu chegou a Portugal em 1992 e começou a ensinar Tai Chi nos Jardins da Fundação Calouste Gulbenkian.
Em 1993 ensinou também Chi Kung e Tai Chi as instalações da Espiral, do Panda e mais tarde para o Ginásio da Associação dos Estudantes do instituto Superior Técnico, Pavilhão Carlos Lopes (CML) e Restelo.
Em 1995 fundou a Associação Portuguesa de Kung Fu Xuan Wu (APKFXW)  dando forma institucional às actividades e à prática de Tai Ji,  Qi Gong , Shao Lin, Xing Yi, Ba Qua Chang
Em 1996 iniciou o ensino de Chi Kung e Tai Chi, no Pavilhão Carlos Lopes, inserido num programa da Câmara Municipal de Lisboa (durante 4 anos) e também as aulas de Kung Fu no Instituto Superior Técnico.
    Com a filiação à Federação Portuguesa de Artes Marciais Chinesas, as actividades alargaram-se para a participação em competições, além de proporcionar aos associados facilidades para participar em outras actividades como seminários com mestres estrangeiros.
Em 2010 decidiu criar a Associação Caminho Natural, exclusivamente direcionada para a saúde e para o desenvolvimento dos praticantes de artes internas e de Chi Kung, bem como de outras actividades com o objectivo do desenvolvimento holístico do indivíduo e de ligação corpo-mente.
Actualmente o Mestre possui a nacionalidade portuguesa e reside em Lisboa, onde ensina regularmente, continuando as aulas de Tai Chi nos Jardins da Fundação Calouste Gulbenkian. Realiza também seminários em vários locais do país. Ensina Chi Kung e Tai Chi, e cria as suas próprias formas que integram movimentos de Tai Chi tradicional, Ba Gua e Xing Yi (as três artes marciais internas chinesas).

A 14 de Maio de 1992, é criada a FPAMC (Federação Portuguesa de Artes Marciais Chinesas), sem fins lucrativos, por escritura celebrada no Cartório Notarial de Ermesinde, numa época de franco crescimento das artes Marciais Chinesas, mais conhecidas por Kung Fu/Wushu, Qi Gong e Tai Chi.
Num o projecto comum destas 3 associações:
“Associação Desportiva SHE-SI”, representada por Paulo Alexandre Araújo, “Associação Portuguesa de Wushu”, representada por João Silva;
“Associação de Choy Lee Fat do Porto”, representada por Jorge Manuel Teixeira.

Em 1992, Pedro Rodrigues e Miguel Palma  deslocam-se a Paris duas vezes nesse ano para participarem  nas digressões europeias do Mestre Yang, nesse ano o Mestre Yang Jwing Ming visita Portugal pela primeira vez e é estabelecida a representação da YMAA em Portugal pela Associação Portuguesa do Estudo do Kungfu Tradicional (APEKFT).
Desta maneira, Portugal passou a ter uma escola provisória da YMAA, que se tornaria oficial quando estivesse formado o primeiro Instrutor Assistente a nível nacional.
Então na busca dessas qualificações que muitas pessoas investiram, viajando pela Europa e EUA, uma vez que a presença do Mestre Yang em Portugal era escassa para as ambições dos praticantes portugueses até 1996, altura em que a YMAA Portugal sofre uma mudança decisiva.
A representação da APEKFT cessa, passando em 1997 a ser representada por uma nova estrutura designada de Associação de Artes Marciais Yang Portugal, totalmente criada de raiz para representar a YMAA em Portugal, nesse ano, a YMAA Portugal integra a Federação Portuguesa de Artes Marciais Chinesas (FPAMC).
Em 1998, ganha o estatuto de escola oficial YMAA, com dois dos seus membros, Vítor Casqueiro e Pedro Rodrigues, a atingirem o nível de Instrutor Assistente.
Passando a  estar inserida nas digressões europeias do Mestre Yang duas vezes por ano e aponta a formação em todas as áreas da YMAA como objectivo principal.
A escola YMAA, ensina os seguintes estilos:   Bai He Quan, Chang Quan, Sanda, Tai Chi Chuan Yang Clássico, Qigong .

Por volta de 1994, o PhD. Mário José introduziu em Portugal a linhagem Ving Tsun Wong Shun Leung,  sendo ensinado atualmente em Lisboa, ao pé do Marquês de Pombal e na margem sul do Tejo.

Nos inicio dos anos 90, Roberto Arnon, um italiano que veio para Portugal, que praticava Wing Chun de uma linhagem diferente, fazendo parte da Federação Portuguesa de Artes Marciais Chinesas desde o inicio com o Wing Chun, contactou Victor Gutierrez, em Espanha da EWTO e foi por volta de 95 ou 96 que Victor Gutierrez fez pela 1ª vez uma demonstração de Wing Tsun Leung Ting System, em Braga.
 Em 96, Roberto Arnon, começou a oficialmente a dar aulas de WT , da  linhagem do Sifu Leung Ting em Braga.
 José Carlos do Redondo, que praticava Choy Lee Fu com o Sifu Rolando Martins, em meados dos anos 80, foi ai que conhceu Roberto, começou a treinar com ele e levou o Wing Tsun para o Alentejo, treinou alguns alunos e o ultimo que ficou foi Fernando Parreira que continuou a dar aulas em Évora.
 Fernando Parreira, treinou durante alguns anos com o Sifu Victor Gutierrez e Javier Gutierrez, que vinham de Espanha dar formação/cursos em Portugal, através da EWTO, até meados de 2006/07.
Atualmente é apenas  ensinado no Alentejo e Algarve.
Atualmente Duarte Pintado, discípulo de Fernando Parreira e instrutor nacional de Wing Tsun em Portugal e aluno direto do Sifu Emin Boztepe, começou a treinar Wing Tsun em 2001, começou a dar aulas em 2008, após 7 anos na EWTO, passados dois anos juntou-se à EBMAS, abrindo varias escolas no Alentejo, estando atualmente a abrir oficialmente a 1ª escola da EBMAS em Portugal.

Nos finais da década 90, o Sifu Jesus Novo no âmbito do Pankration, introduziu em Portugal o Shuai Jiao, que aprendeu com o Sifu italiano António Langiano, discípulo do  Sifu Chang Da-Wei.
Atualmente. o Sifu João Horta e o Sifu Rolando Martins desenvolvem um trabalho de promoção do Shuai Jiao, dentro da linhagem do Sifu Yuan Zumou.

Em 2003, o Sifu António Carlos, representante máximo em Portugal de Wing Chun Kung Fu Tradicional, começou a divulgar a linhagem do mestre Samuel Kwok, em  Oliveira do Bairro, fundando em 29-06 de 2006 , a Associação Portuguesa de Wing Chun Tradicional Kung Fu da qual é Sócio Fundador e Presidente.

Em Março de 2006 inicia-se no Lisboa Ginásio Clube o primeiro grupo de treino de Jeet Kune Do Unlimited, por Luis Barneto, actualmente o responsável pela Academia Unlimited - JKD Portugal, e aluno directo do Guro Burton Richardson, Full instructor de JKD e Inosanto Kali certificado por Dan Inosanto (um dos primeiros de sempre, a ser certificado por ele), e Full Instructor de JKD certificado pelo falecido Larry Hartsell.

Em 2010, o Sifu Hugo Eduardo de Carvalho Monteiro, funda a:PP - WCP - Personal Protection Wing Chun Portugal, representando a linhagem do Sifu Chow Tze Chuen.

 Em 2011 o Sifu Mário Braz Silva introduziu o Ip Man Wing Chun linhagem Samuel Kwok nos Açores, tornando se seu discipulo e representante.
A Samuel Kwok Wing Chun Martial Art Association Açores conta actualmente com duas escolas, uma na ilha do Faial e outra na ilha Terceira., esta organização tem como objectivo divulgar o Ip Man Wing Chun bem como as AMC em todo mundo.

Em 2011,  o Sifu Lio Monk, funda a CRCA-PORTUGAL é uma representação da Close Range Combat Academy, linhagem de Wing Chun do Sifu Randy Williams em Portugal, lecionando em Rio Tinto e Porto.

A 30 de Abril de 2012, A Associação Nacional de Atletas de Artes Marciais Chinesas (ASNAAMC) é fundada em Lisboa.

Em Fevereiro de 2012  o Jun Fan Jeet Kune Do de  Dan Inosanto,  foi introduzido em Portugal no ginasio Fast Forte em Benfica, por Mikael Martins, que nasceu e cresceu em França, tendo sido aluno de David Delannoy, um aluno direto de Dan Inosanto.
Atualmente é  representante da FAMA (French Academy Martial Arts.) em Portugal.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

As 24 horas de um monje Shaolin


4:30 - Levantar
5 h  - Primeira meditação ( de 30 mn a 1h )
6 h -  Treino dos alunos ou treino pessoal de Qi Gong
7 h30 - Pequeno-almoço
8 h - Treino dos alunos
11 h 30 - Almoço
12 h - Sesta
14 h - Treino dos alunos
16 h - Treino pessoal
18 h - Jantar
19 h - Meditação ( de 30 mn a 1 hora e leitura
Entre as 21 e 22 horas - Dormir

O nome dos monjes Shaolin

O nome dos monges de Shaolin é todo construído sobre o mesmo esquema, é formado por três caracteres:
 

«SHI» + Geração + Nome
 

O primeiro caractere é « SHI », abreviatura de  SHI JIA MU NI (Shakyamuni ), que em sâncrito significa « saga do clã dos Shankya », sinónimo de Buda


O segundo caractere representa a geração á qual o monge pertence, a cada geração é associado um caractere ; 

por exemplo:
 

« De » representa a 31 geração, « Xing » é a 32, etc.
 

O terceiro caractere é o nome ou sobrenome do monge, o sobrenome assim construído não constitui o nome 
« verdadeiro » dos monges ( aquele  que figura nos seus passaportes ), mas ainda é  utilizado em Shaolin pelos monges mais antigos, os jovens apresentam cada um, o seu sobrenome,mas ele a não é mai utilizado entre eles, hoje em dia só a familía do monge o chama pelo seu verdadeiro nome.mma pelo seu verdadeiro nome

Terminologia da Família no Kung Fu


  To Dai - aluno
  To Chan Suen - aluno do teu aluno
  Sifu - título honorífico para um professor ( mestre / pai )
  Si Fu - mestre (pai no kung fu)
  Si Sok - irmão mais novo do Sifu
  Si pak - irmão mais velho do teu Sifu ( tio no kung fu )
  Si Mo - mestra (ou mulher do mestre )
  Si Dai - irmão mais novo
  Si Hing - irmão mais velho
  Si Jee - irmã mais velha
  Dai Sifu - grande mestre
  Si Kung - grão mestre ( avô no kung fu )
  Si Jo - título formal para um grao mestre

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Mu Shi - Dança do Leão

 

 

                                        leao

 

 
A dança do Leão é uma cerimônia realizada com o intuito de trazer sorte, felicidade e prosperidade à quem a contrata, além de espantar espíritos maléficos na cultura chinesa. Antigamente na China, os participantes da Dança ficavam encarregados de proteger o local onde se oferecia o ritual da dança do leão, o ano todo, por isso somente os praticantes de kung fu mais bem treinados da escola podiam realizar tal dança.O ritual representa o Leão acordando, em busca de seu alimento (o alface - sómbolo de prosperidade e fartura) e brincando com o monge.Tratam-se de apresentações interativas, onde o Leão passa fazendo reverência ao público. É realizada por dois participantes representando o Leão (um na cabeça e outro na calda), três participantes tocando o Tambor, os pratos e o gongo e um participante representando o monge.Nossa escola conta com dois leões tradicionais em suas apresentações. Realizamos a cerimônia em escolas, shoppings, eventos culturais entre outros eventos que busquem um pouco da cultura oriental.


A dança do leão se originou na dinastia Tang (618 – 907 a.C.). Diz a lenda que certa noite o imperador teve um pesadelo, no qual um animal estranho salvou sua vida. Na manhã seguinte, ele contou seu sonho para seus ministros, dizendo que esse estranho animal era parecido com um animal do oeste, um leão. Pois na China não há leões e sim tigres. O primeiro leão da China, foi recebido de um imperador estrangeiro.
Considerando que esse estranho animal tinha salvo a vida do imperador, mesmo em sonho, o leão se tornou um símbolo da sorte. A lenda diz que, quando a dança do leão é realizada, ocorre uma limpeza no ambiente, trazendo muita sorte e paz para quem acredita.
Esse animal começou a ser estudado por um monge, que acreditava cegamente no imperador. Em seus estudos, começou a perceber que o leão era um animal muito feroz e que toda sua caminhada, simplesmente, era sempre em busca de alimento e uma vida melhor. O monge percebeu que os caminhos que o leão escolhia eram todos difíceis. Assim, começou a fazer amizade com esse leão e mostrar os caminhos mais fáceis. Daí começou a integração entre homem e animal. Esse monge era chamado de Tai Tao Fat.
O monge, quando retornou ao templo, construiu um animal parecido com esse leão. Quando tinha festas, cerimônias ou ocasiões especiais, era então feita à dança do leão, onde ele copiava os passos e a trajetória que o leão percorria para poder sobreviver. A comida era representada por uma verdura verde, que recebeu o nome de San Tchoi e significa dinheiro que cresce, verdura viva, boas farturas, dias melhores. Tradicionalmente costuma-se colocar um envelope vermelho com dinheiro dentro dessa verdura, para ter um retorno mais rápido.
Outros ministros que eram ligados ao imperador construíram outros tipos de animais para animar o imperador, mas nenhum era tão querido quanto o leão. Este monge, para embelezar a dança, colocou caminhos mais difíceis para percorrer, como pontes e obstáculos. Ainda para ajudar o leão, colocou um monge para indicar um caminho mais fácil.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Chin Na / Cam Na ( A arte de agarrar, controlando )

Chin-Na Shu designa um sistema complexo e rico em técnicas de chaves.  
Inicialmente este método  não era uma arte marcial por separado, as escolas de wushu externas e internas utilizavam e utilizam  estas técnicas de chaves.

Qinna (em chinês: 擒拿, Qínná, Qin'na ou Chin na) é uma arte marcial chinesa, cujo fulcro reside nas técnicas de imobilização e controle do oponente, isto é, praticam-se golpes direcionados a específicos pontos de pressão e distensão de articulações, tendões e músculos, no fito de submeter o adversário, fazendo-o com que desista de prosseguir no eventual ataque.

 O nome pode ser traduzido como «pegar», «segurar»; os ideogramas Chin e Na significam agarrar ou segurar e controlar, respectivamente.

QIN - agarrar
NA - controlar
SHU - arte


Chin-Na Shu designa um sistema complexo e rico em técnicas de chaves.  
Inicialmente este método  não era uma arte marcial por separado, as escolas de wushu externas e internas utilizavam e utilizam  estas técnicas de chaves.
No que compõe as técnicas do combate chinês (BO JI SHU ), o Chin Na usa-se nas fase de aproximação e precede ás técnicas de projecções em combate.
É uma prática usada em quase todos os estilos de artes marciais chinesas, sendo algumas vezes combinado com o Shuai Jiao (técnica corporal de luta chinesa): é um dos aspectos marciais aplicados no Tai Chi Chuan, que tem como objetivo principal o desenvolvimento da energia (chi).

Diz-se que um mestre nesta arte é capaz de matar seu oponente se prolongar a aplicação de certas técnicas.
Dentre os estilos de wushu os que maior importância dão a prática deste tipo de técnicas são.
 o Pai huo chuan, o Fan tzi ien jao e o Hung, o boxe da garras de águia
( Yin Zhua Quan ) ou o Bagua Zhang ( o boxe dos oito triagamas
).

Há também um estilo transmitido principalmente em Macau por um mestre chamado Wong Po Kan (黃寶金), também mestre em Wing Chun.



Yue Fei, general a quem é atribuída a codificação do Chin'na

Ao general Yue Fei, os taoístas atribuem a criação do estilo Hsing I, um dos três estilos internos (Nei Chia) de Wushu.

Esta arte foi desenvolvida  de um modo mais apurado pela polícia e pelo exército que reagrupou e estruturou num sistema independente de autodefesa.Ainda hoje a polícia chinesa utiliza técnicas de Chin-Na e Suai Jiao para imobilização de elementos desarmados.

Características

As técnicas englobam golpes que vão desde o simples agarramento até projeções, isto é, arremesso do adversário.
Sendo que as técnicas estão relacionadas não somente com o controlo do adversário em si, mas em controlá-lo por intermédio do uso das linhas nas quais fluem a energia corporal, ou chi.
Diz-se haver 108 pontos. 
Há vários tipos de técnicas, sendo que algumas delas são fáceis de dominar e bem assim o princípio fisiológico por detrás.
Os historiadores acreditam que o general Yueh Fei (1103-1114 d.C) aprendeu com o monge Shaolin Jao Tung as 108 técnicas originais de apresamento e torção que ficariam conhecidas por Chin Na.
Dominar o atacante sem a necessidade de ferí-lo demasiadamente, era a intenção original dos monges Shaolin que codificaram o método.

  O Chin Na é composto por 4 grupos de técnicas:

  • Nível básico
    • Fen jin   (Na Jing) (divisão muscular / agarrar os músculos)
    • Tsuo kuo (Na Gu) (deslocamento ósseo / luxar as articulações )
    •  
  • Nível avançado
    • Bih chi toan mie (Na Gi(impedimento do fluxo de ar ou de sangue)
    • Tien hsuen       (Na  Xue)  (pressão nos pontos de energia / atacar os pontos vitais)